Porque às vezes estamos super bem, mas ainda falta alguma coisa? Porque estamos sempre buscando novos padrões, mais dinheiro, mais bens, mais sucesso, mais contatos, mais e mais e mais…. Somos sim eternamente insatisfeitos?
Acho que o descontentamento nos faz progredir, ir sempre em busca do melhor para nós mesmos, ativa a ambição, ajuda a contruir a carreira, nos torna mais dedicados e ajuda a ter foco; torna o relapso em perfeccionista; ajuda a lapidar e polir. Ao mesmo tempo, o fato da não-satisfação nos deixa desapontado, desesperançoso e desanimado, e isso é uma droga!
E quando esse descontentamento virtuoso e motivador vira o pecado da ganância? Quando as nossas vontades e anseios não tem fim! E esse ‘mais e mais e mais’ não é a procura do perfeccionista pela própria evolução, mas sim a busca desenfreada pela satisfação imediata, considerada mais importante para ser conquistada que as possíveis consequências que nossos atos possam acarretar, chegando ao ponto de corromper nossos próprios valores por uma mera atitude egoísta.
E como já disse Dalai Lhama: “O perigo constante é abrir a porta para a ganância, um de nossos inimigos mais incansáveis.” Daí é uma luta exaustiva para tirar a semente da avareza dos nossos pensamentos. Na verdade, o errado é nada querer, pouco almejar ou simplesmente acomodar. O correto é plantar idéias promissoras incorrompíveis às tentações mundanas, e tentar segurar a ansiedade disso tudo! Difícil?